Clarice Lispector (1920-1977)
Clarice
Lispector, antes chamada de Haia (seu nome de batismo) nasceu na Ucrânia, filha
de pais judeus, que passaram a maior parte fugindo da Guerra Civil Russa
(1918-1920). Clarice chegou ao Brasil com apenas um ano de idade. Morou primeiramente
na cidade de Maceió, indo depois morar em Recife. Seus estudos iniciais foram
no Grupo Escolar João Barbalho, onde aprendeu a ler e escrever. Sofrendo por
causa da morte de sua mãe em 1930, Clarice passou a dedicar seus textos sobre a
culpa de figuras que não puderam salvar sua mãe. Foi a partir desse ano que
também escreveu um dos seus primeiros contos: uma peça de teatro, “Pobre menina
rica”.
Em 1932 e
tenta publicar seus primeiros escritos no Diário de Pernambuco, contudo,
segundo o jornal, os textos da menina somente transmitiam sensações e não
enredos e fatos. No mesmo ano, ingressa no Ginásio de Pernambuco. Em 1935 muda-se
para o Rio de Janeiro juntamente com a sua irmã Tânia e seu pai. Em 1938 já
trabalhava como professora de português e matemática. Depois se tornou
secretária de um escritório de advocacia.
Clarice também
foi redatora, colunista e repórter de jornais. Casou-se com Maury Gurgel,
colega de faculdade e em 1943 publica seu primeiro livro: Perto do Coração
Selvagem. Também se dedicou a pintura.
Morre em
1977, vitima de um câncer no ovário.
Os escritos
da autora envolviam sensualidade, romance, erotismo, a feminilidade e a
maternidade. Era onde ela expressava seus sentimentos, suas dores, seus
desejos, é onde podemos conhecer um pouco mais de Clarice, onde ela se mostrava.
Também utilizava o nome de Helen Palmer para escrever seus contos.
“Quero apossar-me do é da
coisa. Esses instantes que decorrem no ar que respiro: em fogos de artifício eles
espocam mudos no espaço. Quero possuir os átomos do tempo. E quero capturar o
presente que pela sua própria natureza me é interdito: o presente me foge, a
atualidade me escapa, a atualidade sou eu sempre no já. (...) A palavra é a
minha quarta dimensão. (Lispector, 1973/1998, p. 09-10)”.
Referência: Lispector, C.
(1973/1998). Água-viva. Rio de Janeiro: Rocco.
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