Vinte poucos anos Psicóloga Clínica, apaixonada por Psicanálise, viciada em Livros e amante do Rock Britânico. Desde criança foi vidrada em faz de conta e inventava inúmeros personagens para conversar. Assistia a filmes sobre vampiros já aos seis anos, mesmo que fosse escondida atrás do sofá, e na adolescência dizia que iria ser uma Libélula. Hoje em dia se diz uma adulta confusa que ainda adora vampiros, não ganhou asas de libélula, mas escreveu um livro sobre elas e transformou seus personagens inventados em pessoas reais, mesmo que feitas de papel.
Vamos conhece-la melhor?
Fizemos uma pequena entrevista para conhecermos e nos inspirarmos nessa nova autora nacional.
Primeiras Impressões: O que lhe inspirou fazer Uma canção para a
libélula?
Juliana Daglio: Minha inspiração para o livro teve várias etapas. Primeiro veio minha
paixão pela libélula, algo que nasceu quando eu ainda era uma menina e
colecionava figurinhas. Logo depois nasceu o desejo de criar histórias. Quando
resolvi que ia realizar meu desejo de escrever um livro, eu tive um sonho que
foi a matéria prima de tudo. Nesse sonho eu via uma garota presa em uma casa
escura, e um estranho homem cuja voz lhe guiava para a saída. Libélula, garota,
homem misterioso... Tudo isso virou o enredo de Uma Canção para a Libélula. Na
época que tive esse sonho estava passando por um problema muito grande em minha
família por conta da depressão, e acho que ela foi quem me inspirou mais do que
tudo isso. Eu precisava mostrar às pessoas como é estar presa nesse transtorno,
e como pode ficar o mundo através dos olhos de quem o está vivenciando.
Logo tudo virou palavras, a libélula virou a força motriz da história da
Vanessa, uma garota talentosa, cheia de promessas de vida, mas que vive presa
em uma mente perturbada e não sabe encontrar o caminho de volta.
P.I:Como você conseguiu dividir sua vida de Psicóloga e
a vida de escritora?
J.D:Eu escrevi Uma Canção para a Libélula quando ainda estava na faculdade.
Acho que não tive que dividir, eu misturei tudo! Conforme assistia às aulas e
conhecia ainda mais a mente humana, mais eu ficava fascinada e colocava tudo em
forma de palavras no livro. Minha vida acadêmica e a literária acabaram se
complementando, e ainda tive algumas professoras que me acenderam luzes de
entendimento para que eu pudesse incrementar mais ainda o enredo.
Agora, já formada, eu fico doida tentando dividir meu tempo de trabalhar
e escrever. Quando estou com meus pacientes, sou só deles, mas quando estou com
meus personagens, eu mergulho e só volto altas horas depois.
P.I: Quem são as pessoas que mais lhe apoiaram nesse
projeto?
J.D: Minha mãe e meu pai. Clichê, gente, eu sei (risos). Mas vou explicar. Minha
mãe é tudo que a mãe de minha personagem não é (vocês vão ter que ler o livro
para entender), e eu tive que imaginar uma vida toda sem ter todo o amor, o
carinho, o cuidado dela, para me colocar no lugar da Vanessa e poder sentir na
pele o que ela sente. E meu pai por ser ele uma vitima desse transtorno que é a
depressão. Ele emprestou suas falas à Vanessa muitas vezes, e acredito que ver
a dor que ele passou, me fez intensificar a escrita, querer chegar logo ao
final. A dor acabou virando arte.
P.I: Você tem autores que lhe inspiram? Quais são?
J.D: Markus Zusak – A menina que roubava livros (meu favorito de todos os
tempos), e Carloz Ruiz Zafón – A Sombra do Vento/O Jogo do Anjo. Esses dois são
meus mestres. Zusak por ter conseguido tocar minha alma num ponto muito
profundo e inexplicável, e Zafón por me prender por horas, dias, anos em
histórias das quais nunca vou conseguir me livrar. Meu sonho é poder encontrar
com ele e perguntar se posso ser sua Isabella, (quem leu O Jogo do Anjo vai
entender).
P.I: Já anda pensando em um novo livro? Poderia comentar
um pouco sobre ele?
J.D: Já estou produzindo uma nova série! Desde o ano passado venho sendo
perseguida por esse novo enredo, e agora estou escrevendo o segundo volume. O
Lago Negro é uma história um pouco diferente da que já escrevi, mas com algumas
semelhanças básicas.
Como adoro personagens com passados obscuros, Verônica não poderia
deixar de ter o seu. Mas diferente de Vanessa ela é obstinada e teimosa, e
mesmo com às margens da loucura procura as respostas sobre o mistério que
envolve sua vida. Ela se vê escrevendo um livro e percebendo que todos os fatos
se parecem com a realidade do que aconteceu no passado dos moradores de sua
nova cidade.
A trama vai envolver mistério, suspense, um pouquinho de ação e um
romance não muito romântico.
Livro:
Obrigada pelo lindo post, Mah!!
ResponderExcluirAmei <3
Esse apoio é muito importante e fica no coração da gente :D
De nada. Você merece. Isso ainda não é nada comparado com o que você vai ganhar quando sai o primeiro livro impresso. Bjos!!!
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