Autor: Jennie Shortridge
Editora: Única/ Gente
Páginas: 382
Ano: 2014
O que a memória apagou, o coração recorda...
Lucie Walker não se lembra de quem é ou como foi parar nas águas geladas da
Baía de São Francisco. Encaminhada para uma clínica psiquiátrica, ela aguarda
até que um homem chega afirmando ser seu noivo.
Entretanto, com seu retorno para casa, essa
mulher sem memória vai tomando conhecimento de sua personalidade antes do
acidente, da pessoa controladora, fria e sem vida que era, e dos segredos da
infância e da família, assim como da situação do noivado e dos mistérios que
podem ter provocado o acidente. Será que ela quer isso de volta? Será que essa
nova Lucie conseguirá manter o amor por Grady, ou a oportunidade de recomeçar
será sua salvação?
“Enquanto eu te Esquecia” foi um livro
que me chamou tanto pela capa, quanto pela sinopse. Com o tempo fui esquecendo
dele, até que um dia fui na livraria e me dei de cara com ele, tive que levar
pra casa.
Por mais que ache um pouco desnecessário
a quantidade de páginas, devorei ele em três dias (pode parecer um longo tempo,
mais pra mim que passo o dia fora não foi). Você fica na expectativa de saber
se a Lucie vai ou não recuperar a memória, e fica ansiosa por cada descoberta
que ela faz.
“Depois de três dias falando com médicos e policiais, a coisa se definira: estava sofrendo de amnésia. [...] As únicas parcelas remanescentes de sua memória conciente eram porções a esmo de informações inúteis” (p, 14).
O Grady, seu noivo, também passou por
maus bocados. Além do preconceito que sofrem os nativos americanos, vemos que
ele ainda tenta superar a morte do pai. Ele ama a Lucie e seu maior medo é de
perdê-la de novo, no entanto, quando ele acha que tá fazendo a coisa certa, faz
com que eles se afastem ainda mais.
“Sei que você também acha que pode ser que eu não te ame tanto quanto te amava, antes de você ir embora, ou que deixei de te amar, mas a verdade é que te amo, talvez mais do que nunca. É o que eu mais quero que você sinta, saiba e tenha certeza. Mesmo que não dê certo, e você ache que deve ir embora de novo”. (p. 355).
Aos poucos a história vai se
desenrolando, conhecemos o passado de cada um, assim como era a antiga Lucie,
sua história, contada através da sua tia: Helen.
Outro destaque no livro é a família de
Grady, o filho mais novo e o único homem, e que tem que lidar com as suas seis
irmãs.
Apesar de tudo, o que me interessou no
livro, foi o que nos faz pensar quando pudemos obter uma segunda chance de
reparar os nossos erros, e é isso que o Grady faz, tenta aproveita-la, já que
as coisas entre ele e Lucie não andavam bem.
Não encontrei erros de português e o
tamanho da letra me satisfez, a única coisa que tenho a reclamar é o tamanho
das letras que mostram os números da páginas (coisa que não faz o livro ser
menos perfeito).
E só mais uma coisa: o final te deixa de queixo caído, como se algo faltasse. Sinceramente espero que tenha uma continuação.“Ficaram juntos como que ligados; seus braços sabiam como se mexer para acolher o outro. [...] Maravilhou-se com isso, que seus corpos parecessem conhecer um ao outro tão bem, mesmo que sua mente ainda estivesse tentando descobrir pistas para fazer que tudo se encaixasse.” (p. 27).