Série: Delírio #1
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Páginas: 336
Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?.
Tive muitos problemas para
terminar de ler Delírio. Não que seja de toda chata a história, na metade do
livro para o final foi que as coisas começaram a melhorar. Talvez o problema
tenha sido por o livro conter muitos detalhes e por si passar somente na
visão de Lena.
Contudo, a partir do momento que
conhecemos profundamente Alex, meu ponto de vista começou a mudar também,
pensei que seria um romance sem graça, mais (ainda bem) que foi engano meu.
Pois bem, em uma sociedade onde o
amor é considerado uma doença, todas as pessoas ao completarem dezoito anos
passam por uma intervenção. Mas para que isso? Já que o amor é considerado uma doença,
todos precisam se libertar dela. Ela não pode ser feita antes dos dezoito por causa
de complicações como a perda de movimentos do corpo ou até mesmo a morte.
Justificativa? Por eles não estarem com as células do corpo maduras. E mesmo
que você tenha dezoito ainda não é garantia de que não vá sofrer algum efeito
colateral. Contudo, ainda há exceções. A cirurgia não é garantia que o Deliria Nervosa não irá afetar a sua
vida. E ainda tem os que são contra, os chamados Inválidos ou os que vivem na
Selva.
“Depois da intervenção, ficarei feliz e segura para sempre. É o que todos dizem: os cientistas, minha irmã e tia Carol. Passarei por esse procedimento e em seguida serei pareada a um menino que os avaliadores escolherão para mim. Em alguns anos, nós nos casaremos. [...]Segura e livre de dor.” (p. 8)
E são eles que invadem no dia da
intervenção de Lena, e onde ela conhece Alex. Inicialmente ela tem medo de
envolver em um relacionamento com ele, principalmente depois de descobrir quem
ele é. Contudo, com o tempo Lena se deixa levar por esse sentimento e começa a
enfrentar (e sentir) coisas novas, e começa a questionar o que pé realmente o
Deliria e as atitudes do Governo que supostamente deveriam “defender” a sua
população. E foram justamente esses atos de defesa que não me fizeram largar o
livro e me dá certa raiva de tudo que acontecia. Eles são cruéis, abomináveis,
pois como não sentem nada, são capazes de machucar, atirar e até matar sem
sentir nem um pingo de remorso, sorrindo até.
Existem também aqueles que não se
entregam ao Governo, e que preferem a morte do que deixar de amar, sendo assim,
muitos acabam se suicidando. E os que não conseguem acabam passando diversas
vezes pela intervenção.
Muitas respostas vão sendo
respondidas ao longo da história, principalmente sobre a mãe da Lena, que ainda
vai ter um papel importante na história.
Terminei esse livro com uma sensação
de revolta. Não vou contar por que se não vai virar spoleir e vai estragar a
surpresa. Fiquei com um pouco de raiva do Alex mais entendi as suas decisões. Agora
só me resta ler a continuação (no qual já estou em mãos).
Outro detalhe do livro são as
notas introdutórias cós capítulos, que pertencem ao Suma de hábitos, higiene e
harmonia, ou shhh. Foi interessante
como a autora conseguiu escrever essas partes do manual.
Composta por uma trilogia foi
lançado recentemente o último volume chamado Réquiem. Não tenho nada a reclamar
da capa, e nem encontrei erros de português.
“- Tem certeza de que ser como todo mundo fará você feliz? – diz ele no mais leve sussuro; sua respiração em minha orelha e em meu pescoço, sua boca roçando a minha pele. [...] Apenas eu. Apenas nós.- Não conheço nenhuma outra forma. [...]E, então, estamos nos beijando.” (p. 185)
Para os amantes da saga, ela poderá virar uma série dependendo da sua aceitação ou não pelo público, sendo que a proposta inicial seria um filme
Também tive alguns problemas para terminar o livro, ele se arrastou bastante, mas eu gostei do Alex e ele me levou a continuar a leitura, e, felizmente, a narrativa começou a melhorar. No geral, até que gostei da obra, tem seus pontos baixos e tal, mas a história é boa (:
ResponderExcluirAh, no final eu não fiquei com raiva do Alex HAHA Consegui entendê-lo e acho que até o admiro pela coragem!
Brunna Carolinne - My Favorite Book - @MFBook
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O Alex fez toda a diferença. Eu entendi as razões dele, somente achei que ele poderia ter sido um pouco mais discreto. E obrigada pela visita.
ExcluirOie, tudo bem??
ResponderExcluirNossa, eu tinha visto a sinopse desse livro, mas tinha ficado em dúvida de comprá-lo.
É estranha a ideia de o amor ser uma doença, né?
Adorei a sua resenha.
Beijos!
palacioliterario.blogspot.com.br
Muito estranho. E por isso que achei a ideia do livro bem original, diferente do que eu já tinha lido. Fico feliz que tenha gostado da resenha. Obrigada pela visita.
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