Autor: Gail Carringer
Série: O Protetorado da Sombrinha #2
Editora: Valentina
Ano: 2013
Páginas: 320
[Resenha] Alma?
Nesta deliciosa e maldita sequência da série iniciada com Alma?, Alexia Tarabotti se encontra envolvida, só pra variar, em um mistério sobrenatural.
Alexia Maccon, a esposa do Conde de Woolsey, é arrancada do sono cedo demais, no meio da tarde, porque o marido, que deveria estar dormindo como qualquer lobisomem normal, está aos berros. Dali a pouco, ele desaparece – deixando a cargo dela um regimento de soldados sobrenaturais acampados no jardim, vários fantasmas exorcizados e uma Rainha Vitória indignada.
Mas Lady Maccon conta com sua fiel sombrinha, seus artigos da última moda e seu arsenal de respostas mordazes. Mesmo quando suas investigações a levam à Escócia, o cafundó do Judas onde abundam abomináveis coletes, ela está preparada e acaba provocando uma verdadeira reviravolta na dinâmica da alcateia, como só uma preternatural é capaz de fazer.
Talvez até encontre tempo para procurar seu imprevisível marido. Mas apenas se... lhe der vontade.
A série de STEAMPUNK mais cultuada do mundo!
Diversas sensações definem o que
eu estou sentido ao terminar de ler Metamorfose!
Alegria, raiva, tristeza e
principalmente saudades. Que final foi aquele meu Deus. Desculpem gente, mais
precisa comentar do final. Ansiosa demais pela continuação da série, que ainda
não tem previsão de lançamento para o terceiro livro. Só quem leu vai entender o
porque do desespero.
Pois bem, nesta continuação da
série o Protetorado da Sombrinha, somos mais uma vez brindados com a escrita da
Gail Carringer e com as aventuras de Alexia, que tem sorte de se meter em confusões por onde passa. Contudo, conta com a ajuda da sua inseparável sombrinha
(totalmente repaginada e muito mais tunada), sua inteligência e sua língua
afiada.
Nessa nova aventura, os
sobrenaturais estão sofrendo um problema de humanização, isto é, estão se
tornando humanos sem causas ainda explicáveis. Por isso, inicialmente, as
suspeitas caem sobre Alexia, por causa da sua preternaturalidade. Além do fato
de Alexia ter que lidar com o sumiço do marido e com uma viagem inesperada para a Escócia.
As discussões entre Alexia e
Lorde Maccon continuam a acontecer mesmo depois do casamento, agora com direito
a camisolas caídas no chão, mordiscadas constantes, e um pestanejar de cílios digno
de Lorde Maccon. O que me chama atenção na escrita de Garringer são as cenas
intimas que ela descreve, não são vulgares e te dão uma sugestão do que tá acontecendo
entre eles sem se tornar chata. Ah e finalmente a nossa heroína anda de dirigível, o que não se
sabe se foi uma experiência boa ou não para ela por causa de uns imprevistos.
"- Melhor lhe dar um pouco mais de tempo - aconselhou Alexia. - Ivy é sensível, e você provoca um choque no organismo, até mesmo completamente vestido.O conde sorriu.- Elogio, esposa? Bastante inusitado, partindo de você. Bom ainda saber que posso desconcertar as pessoas, mesmo na minha idade [...]. (p. 170-171).
São acrescidos novos personagens
na história como o Major Channing Channing, dos Channing de Chesterfield (ri
horrores cada vez que a Alexia pronunciava esse nove com escárnio), e Madame
Lefoux, uma inventora grandiosa e que se veste igual aos homens, assim como a
antiga alcateia de Lorde Maccon (ah! E somos apresentados a sua tataraneta).
Também continuamos com os amados
antigos personagens, como o professor Lyall, Lorde Akeldama, Biffy e a Ivy (que
se mostrou ser uma chata por sinal, não somente por causa dos seus chapéus
horrorosos). Temos a presença da irmã de Alexia, Felicity que só sabe querer se
mostrar superior que os outros. E claro, o ator, zelador e criado pessoal de Lorde Maccon, Tunstell, que se torna disputado por essas duas senhoras: a melhor amiga e a irmã de Alexia.
Podem parecer um pouco chato as
descrições das maquinarias no livro, mais são necessárias. Contudo o resto da
linguagem flui muito bem, com direitos a muitas risadas e mistérios. Ai você
nem se dá conta que está acabando o livro, e quando já vê ele já se foi e fica
frustrada com aquele final (entendedores entenderão o porque de eu tocar tanto
nesse final).
Para os fãs do gênero steampuk (a imagem abaixo descreve bem o que é esse gênero), indico essa série, e para
quem nunca leu indico também, super recomendada e totalmente fora dos clichês
no que andamos lendo por ai.
A edição está ótima, sem erros de
português, com o tamanho das letras adequado e com uma capa maravilhosa. Fico
feliz em saber quando existe editoras que se preocupam com os seus leitores.
Parabéns Valentina.
"Alexia deu um largo sorriso.
- Bom, afora isso. É obrigado a reconhecer que tenho razão.
O conde se virou para ela e franziu o cenho.
- Odeio quando tem razão.
Ela desceu a escadaria até que pudesse ficar cara a cara com o marido. Precisou permanecer no degrau acima dela, para isso. Beijou-o com suavidade.
- Eu sei. Mas eu sou muito boa nisso". (p. 254)
O livro parece ser legal, steampunck né? Não lembro de ter lido um livro desse estilo. Adorei a resenha.
ResponderExcluirÉ sim Felipe. Pois leia, ele é muito bom. Recomendo.
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