[Resenha] Madrugadas de Desejo

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Autor: Jayne Fresina
Título: Madrugadas de Desejo
Série: Sydney Dovedale # 2
Editora: Única
Ano: 2015
Páginas: 288

Um jogo de mistério e sedução que não terminará a menos que os dois se entreguem. A Inglaterra do século XIX é elegante, charmosa e aventureira. Um lugar onde é difícil não se deixar levar pelos deliciosos (e perigosos) jogos que lords e ladies libertinamente experimentam. Não poderia ser diferente na bela Brighton, o lar de Ellie Vyne e James Hartley: inimigos declarados desde a infância. Ellie sempre foi uma mulher de ideias a frente de seu tempo, temperamento forte, ousada e, principalmente, avessa a todas as tentativas de suas irmãs para lhe arrumarem um marido. Afinal, com 27 anos era um absurdo ainda perambular sozinha por aí. E é claro que James, um dos solteiros mais cobiçados da cidade, fazia questão de deixar clara sua desaprovação. Durante suas misteriosas escapadas, Ellie rouba algo muito precioso de James, que não terá paz até descobrir a identidade do ladrão. Querendo ou não, eles estão cada vez mais próximos. Como resistir ao charme de James e levar sua mentira adiante? Nesse jogo de perdição, Ellie arriscará tudo, inclusive seu coração. Enquanto James tenta desvendar o segredo da jovem, o desejo proibido que surge entre os dois será capaz de romper com todas as regras da alta sociedade inglesa.
Um livro com a dose certa de comédia, ironias, intrigas e romance.

Admito que fiquei surpreendida com a história desse livro, devorei ele apenas em um dia, com altas doses de risada pra completar.
Sabe aquela mocinha forte, independente, que não leva desaforo pra casa, com um toque de desastre e que aonde vai causa escândalos e problemas? A Ellie é desse tipo. Pra quem não teve vergonha de rir da cara do príncipe, os outros problemas são insignificantes, até que ela bate de frente com James Hartley, que acha que já esta na hora dela parar de causar confusão e ser "domada". Entretanto, esses dois tem um rixa de infância.
Ah e James, um libertino que decidiu mudar de vida, se aquietar e achar uma mulher pra casar, ainda mais depois de um certo encontro,
Ellie e James não se dão bem, brigam e implicam um com o outro o tempo todo. Para Ellie, ele é um malandro e um farrista. Para James, ela precisa ser contida por ser um perigo para a sociedade. Até que algo inevitável os une: o sumiço dos diamantes pertencentes a família Harley. A partir disso, a relação dos dois começa a mudar, o que era antes ódio, pode acabar se tornando algo mais que isso.
"Já dando as costas, ele recuperou o fôlego e olhou de volta para ela. - Você é provavelmente a criatura mais mais irritante e truculenta que já conheci. Em quinze anos que nos conhecemos, você não mudou nada.- Dezessete - ela corrigiu. - Esua existência é igualmente penosa para meus nervos." (p. 25)
Também estão de parabéns os personagens secundários, nuca ri tanto de uma relação de um mordomo como ri nos diálogos entre Grieves e James. Outra louquinha é Lady Mercy, uma garotinha de 13 anos que no começo achei irritante mas que depois me peguei rindo das artimanhas da garota (já deu pra perceber que sorri demais com esse livro).
Gostei muito de como a história foi contada, a narrativa flui muito bem e quando você menos espera já terminou o livro e fica com aquele gostinho de quero mais.
Um ponto negativo é que esse é o segundo livro da serie, então fiquei bem curiosa pra saber do primeiro, mas nada que comprometa a leitura do livro, pois cada um dos livros conta a história de um personagem.
Um dos pontos que me chamou a atenção nesse livro, foi o fato do James não ser tão novinho como somos acostumados a ver nos outros Romances de Época. Ele possui 37 anos, mas nada que tire o seu vigor da juventude.
Triste como algumas vezes pagamos pelos erros dos outros e acabamos sofrendo por isso, mas Jayne Fresina procura nos mostrar que o amor é capaz de superar barreiras, até a mais dura das cabeças.
A capa nem se fala, tá linda.
Leitura obrigatória para todos os fãs de Romances de Época.
"Ellie Vyne. Ele a amava com todo seu coração, de corpo e alma. Dentro dele, uma pequena voz dizia Finalmente, ja não era sem tempo. Ele teve uma estranha ideia de que seria a voz de Sophie." (p. 282)

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